Não sou muito de beber, mas há dias que a vida pede uma dose (ou duas). Apenas para relaxar e continuar seguindo. Tenho um amigo que voltou a fumar esta semana. É só um maço, me disse. Já está no segundo. Comprou logo que o primeiro acabou. Eu preciso, me disse.
Vou convidá-lo para uma caipirinha de lima. Temperada com adoçante. Não, não é por estética, é pelo gosto.
Vamos combinar que é uma hipocrisia dizer que café com adoçante é gostoso. Mas na caipirinha de lima não é que combina?
Vou convidá-lo para uma caipirinha de lima. Temperada com adoçante. Não, não é por estética, é pelo gosto.
Vamos combinar que é uma hipocrisia dizer que café com adoçante é gostoso. Mas na caipirinha de lima não é que combina?
Outro dia li em uma revista que o Brasil é o país que mais consome Rivotril.
A conclusão é que é pelo preço. Embora brasileiro não tenha hábito de ir ao psiquiatra, o medicamento cabe no orçamento e cumpre seu papel: por umas horas te transporta para outras esferas.
A conclusão é que é pelo preço. Embora brasileiro não tenha hábito de ir ao psiquiatra, o medicamento cabe no orçamento e cumpre seu papel: por umas horas te transporta para outras esferas.
No livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley (que admiravelmente continua bem atual, embora escrito em 1953), a população foge de seus problemas usando o SOMA - um alucinógeno perfeito sem efeitos colaterais.
Ontem fiquei com a cabeça tão cheia que precisava fugir. Assim fiz. Há dois dias tomo um relaxante muscular porque o resfriado que me aflige não me permite o consumo de destilados, eles (os destilados) ressecam a alma.
O fato é que me rendi ao remédio farmacêutico e meus problemas saíram do meu corpo (ou será que fui eu é quem saí?)
Entendo o meu amigo do cigarro. As muletas, às vezes, são necessárias.
Cometer algumas loucuras é o que faz de nós pessoas ditas como sãs. É preciso extrapolar para continuar a viver.
Um beijo roubado, uma dança audaciosa, soltar de pára-quedas, qualquer aventura é bem-vinda para preencher as lacunas entre um bom senso e outro.
Um beijo roubado, uma dança audaciosa, soltar de pára-quedas, qualquer aventura é bem-vinda para preencher as lacunas entre um bom senso e outro.
Penso nos meus dragões de moinhos de vento.
Na fruteira, a lima me chama.