Consciência e pernas para cima. Depois da viagem MARAVILHA ando às voltas com a balança. Acho que foram os chocolates e vinhos. Pode ter sido né? Esta semana comecei a ler um livro de introdução ao Budismo. Um livro bem simples do Lama Padma Samten, bem propício para iniciantes, cheio de gravuras bonitas que cativaram o meu filho de 7 anos, ainda em alfabetização, que por dois dias se apossou do dito cujo e não se cansava de ver as folhas coloridas. “É um livro sobre Buda, meu filho”. “AH, é um livro do AHHH Uuuumm”. Acho que ele vai aprender a meditar cedo. Ou, então, será humorista...
Recuperada a posse do livro, “A Roda da Vida”, fiquei matutando sobre como as grandes verdades da existência humana nos são tão complexas. A felicidade, por exemplo, como cultivá-la, se passamos a maior parte do nosso tempo perdidos em um ciclo de pensamentos pouco evolutivos?
É impressionante como nos prendemos nas mesmas ideias mentais que nos corroem a alma. A mudança de hábitos é custosa, porque está arraigada em nossa genética familiar.
Quebrar a casca do ovo, nascer novamente, tomar uma consciência própria da maturidade. Desculpem-me os mais novos, mas há coisas que só compreendemos após os 40, ou aos 50, e assim por diante.
Mas a consciência nem sempre nos leva a ação. Por isso, por mais que saiba exatamente o que fazer em tantas situações, carecemos de atitudes. Talvez seja falta de hábito, talvez a ausência de coragem, ou ambos. O fato é que ficar com as pernas para cima é ainda o mais confortável para muitas situações por nós já conhecidas.
Além de tomar atitudes concretas para emagrecer, há outras mudanças que ando querendo implementar. A mudança de visão, de maneira que eu veja uma determinada situação não presa aos acontecimentos do momento, mas exercitando o distanciamento para melhor compreender os fatos. Confesso que sempre tive este pensamento em minha vida. Mas, por mais que se reflita, ainda é preciso exercitar. Calma e serenidade. Dar aos fatos apenas a importância devida. Nem mais nem menos. Seremos mais frios e calculistas? Seremos mais justos e menos intempestivos.
A Roda da Vida nos ensina que tudo sobe. Tudo desce. Tudo passa. O que não é um convite à inércia, mas à responsabilidade da contribuição, para que possamos olhar o nosso passado e perceber mais acertos do que erros, mais alegrias do que tristezas.
Hoje cozinhei para a minha família e foi muito bom. Porque cozinhar é fazer amor por dentro. Nos atos mais singelos e cotidianos encontro os momentos mais felizes da minha existência.
A caminhada, ela virá, no tempo certo, sem culpas. Cultivo a consciência de que faço ou não faço, sendo minhas as escolhas.
Nossa Malu, muito bom esse texto...faz pensar mesmo nas escolhas (ou não) que fazemos na vida. E, por coincidência, acabo de vir de um blog de outra amiga que fez essa mesma pergunta: o que desejamos, ou o que chamamos de felicidade...é complicado...só mesmo muito Huuu e Ahhh como sabiamente disse o teu filhote...rsrs beijos,
ResponderExcluirMalu
ResponderExcluirEu cho que não foi do vinho nem dos chocolates...foi do ar!!!Hehehe.
Malu belissimo texto!!!Adorei ler.
A felicidade penso que não existe na totalidade, mas sim momentos de felicidade, isso sim é o que eu entendo por felicidade.
Beijinho
Glorinha, querida,
ResponderExcluirCada vez mais acredito que a felicidade se cativa pelo nosso estado de espírito. Existe momentos de felicidade. A felicidade plena é uma ilusão. Até pq não somos seres perfeitos vivendo conto de fadas. No entanto, o que me cativa no momento é a possibilidade de mudar a minha energia mental diante das coisas que vivo e convivo. È a nossa atitude que vale, não é mesmo?
Por falar em atitudes, como anda a venda do seu livro?
É a usa cara já ter lido este e outros muitos livros. Me dá dicas, mestre! Ainda chego perto rss.
ResponderExcluirSobre as fotos, só se eu for ao Japão te mostrar pessoalmente. Vc me aceita?
Adélia, querida, realmente, vc disse tudo, foi o ar. rss A discotração da vida, entende, sem horário, sem regras hehe.
ResponderExcluirSobre a felicidade, realmente vivemos os momentos. Nada é eterno. Nem para o mal, nem para o bem. A questão é como ter uma vida mais equilibrada, com atitudes que nos tragam mais momentos felizes do que de tristeza, revolta, raiva.
Beijo grande,
Estou vendendo muito bem Malu, graças à mim e aos amigos que divulgam, não à editora que não divulga nada...beijos,
ResponderExcluirMalu,
ResponderExcluirComo você falou, e bem, no seu texto, a maturidade nos ensina muitas coisas.
Hoje eu, na maioria das situações, consigo me abstrair e com um olhar “de fora” analisar o que acontece.
Aprendi a me colocar sob o “olhar do outro”, para perceber as motivações/reações.
Com isso, a gente consegue eliminar muito stress, muita ansiedade, muita elucubrações.
A felicidade quase sempre esta em nosso estado de espírito. Temos de estar abertos a ela para a vivermos mais intensamente. Isso requer preparo, auto-conhecimento, a aceitação do eu com defeitos e virtudes, predisposição, entrega e muita paz de espírito.
Passeando nas terras do chocolate, dos vinhos, do bacalhau e das massas al dente, tranqüila e feliz, aproveitando e curtindo todos os momentos, você ainda queria voltar sem “bagagem”?
Sem neuras, daqui a pouco você desmancha a “mala”......rsrs
bjos
.
ResponderExcluirLufe, meu querido amigo, é bom saborear a vida com sabedoria. O problema é esquecer disso o menos possível! rss.
ResponderExcluirQuanto às malas, com este frio todo, ainda nem me animei a começar a arrumação rss. Mas me aguarde...
Bjs,
E a euforia diante do L'Arc de Triomphe?
ResponderExcluirMomento Credicard....rsrsrs
bjo
Venho tentando me aproximar do budismo faz tempo, mas nunca consigo algo que me acenda a lâmpada e apague minha incredulidade gratuita
ResponderExcluirOlá Malu,
ResponderExcluir"Omnia transit"
"Tudo passa, tudo caminha, tudo vai ao mar, como as águas dos rios. Tudo tem um destino."
É olhando com certo cuidado e valorizando a vida que conseguimos perceber quantos momentos de felicidade a existência nos presenteia.
Lindo texto.
Beijocas e uma boa noite.
Quando se deseja mudar é muito bom, embora não seja tão simples, por hábitos há muito enraizados, mas se consegue. Pela busca da felicidade vale qualquer esforço positivo.
ResponderExcluirBeijos.
Nao é fácil mudar.
ResponderExcluirMuitas vezes, queremos mas nao podemos. OPutras, pdoemos mas nao queremos.
Eu tenho percebido que, muitas vezes, precisamos, mesmo, ´e deixar a vida me levar...feito água de rio...
Um dia, ela chegará ao mar.
dias felizes