Não Existe um mundo Ecológico, mas um mundo de Negócios
Sábado pela manhã evito sair às ruas de minha cidade. A visão é de um formigueiro humano onde os empregados das lojas tentam nos empurrar todo o tipo de lixo da qual de fato não necessitamos.
Quando vejo tantas lojas de lingeries, não consigo evitar o pensamento: para que tanta calcinha no mundo ! E tantos enfeites de cabelo para as meninas, tantas marcas de batom, como se fosse possível uma matisse de cores tão diversa que não sobrecaia no mal gosto. E nem estou falando de esmaltes!
Os homens não ficam ilesos. São tantas marcas de lâminas para barbear, gravatas, novas máquinas maravilhosas para cortar a grama.
Poderia ficar aqui fazendo uma lista interminável de objetos inúteis que serão considerados obsoletos pelo consumidor em menos de seis meses. Isto inclui uma simples roupa a um automóvel recém lançado cujo o fabricante faz uma campanha de recall porque "alguma peça precisa ser trocada".
As pessoas, com raras exceções compram. Porque é esta a palavra de ordem, de status, de poder.
Consumo, logo existo. E daí não é preciso muito esforço para entender porque realities shows fazem tanto sucesso e porque livrarias andam tão vazias.
O lixo que geramos é de uma irresponsabilidade sem procedências. Para onde vamos? Bom, além do excelente documentário exibido na TV espanhola, sugiro que assistam ao filme infantil WALL –E. Depois disso, acho que cada um pode tirar as suas próprias conclusões de para onde o planeta caminha e qual é a responsabilidade que nos cabe.
"Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro." José Saramago
Tocou num tema que me é querido
ResponderExcluirVoltarei, mais tarde,
com mais tempo...
Malu!
ResponderExcluirVim para convidá-la para participar do brincadeira literária Vale a pena ler de novo. Se você achar legal passe no Viaje na Janela para retirar o selo.
Bjs
Malu,
ResponderExcluirVocê sempre certeira na abordagem !!!
Excelente texto e vídeo .
E cuidemos com responsabilidade e amor de nossa casa "Planeta Terra ".
Bjo.
Malu,
ResponderExcluirEste é um tema que eu acho muito interessante.
Estou até preparando um post com uma abordagem dessas.
Eu acho inclusive que a gente tem que pensar em um novo modelo.
O modelo que a gente vive, de mercantilismo e consumo desenfreado não funciona mais.O capitalismo tem suas raizes profundas e a gente tem necessariamente que começar a pensar as futuras gerações.A gente na verdade não precisa de tanta coisa assim para ser feliz.
bjos
Reflexão sensacional, Malu!
ResponderExcluirAdoraria andar nú e até sonho várias vezes assim...
ResponderExcluirBj.
Mallu
ResponderExcluirMaravilha de texto e video. Estou de acordo tanta marca, mas não tarda que vamos querer comprar apenas uma e não podemos por falta de dinheiro. Eu fui criada a lavar-me com sabão azul, sem conhecer champoô, tinhamos sabonete que usavamos apenas ao Domingo.Agora é de um consumismo brutal e o pior é que educamos nossos filhos assim.
Beijinho boa semana
Vc é uma sábia minha amiga Malu ! Concordo com tudo e assino embaixo, beijos,
ResponderExcluirO tema está aí na nossa roda. Talvez nem todos estejam familiarizados com o rótulo usado.
ResponderExcluirO documentário fala de assuntos históricos que já estudamos na escola. Mas traz elementos novos e levanta uma importante reflexão.
Quem anima-se a debatê-lo?
Cara Malu,
ResponderExcluirObrigada por este video. Estou partilhando com o pessoal do grupo.
Obrigada,
abs,
jandira
Cara Malu,
ResponderExcluirFez muito bem em pressionar-me para regressar ao que tinha prometido. O video é um must o que, descodificando, significa dizer que é uma ferramenta de sensibilização (e denúncia) que vou ter de utilizar e, até, tentar fazer que outros amigos o usem. Quando referi que tinha tocado num tema querido ainda não tinha visionado o video e referia-me à questão da escassêz de recursos para sustentar o sistema actual baseado na lógica inversa, a da sua inesgotável abundãncia. Editei vários posts sobre o "pico do petróleo"... Mas aqui, a questão é mais abrangente. Termino por agora com a frase de Gandhi citada no video: "o mundo é suficientemente grande para satisfazer as necessidades de todos, mas sempre será demasiadamente pequeno para a avareza de alguns", retirando como (primeira) conclusão ser urgênte a necessidade de acabar com a avareza de uma minoria "louca". Outa passagem que destaco: a de termos de regressar ao níveis de consumo da década de 60... Não vai ser fácil, mas parece não haver alternativa. Por mim, vou dar exemplos de como estou remexendo na minha gaveta mental, na minha relação com o meu neto... Como disse, voltarei ao assunto. Serei provocador mas sem "tentar convencer ninguèm". Prometo.
Beijo
Oi, Malu!
ResponderExcluirAdorei suas colocações. Chamo a isso de massificação, essa corrida desenfreada e incosequente em busca do consumo. Chega a ser isano.
Um grande abraço
Socorro Melo
Olá Malu
ResponderExcluirTem um miminho no meu cantinho.
Beijinho bom fim de semana
Querida amiga Malu,
ResponderExcluirEstou muito cansada e precisava recarregar minha alma com coisas belas e sensivéis. Então vui ao seu blog!!!! E o tema do consumo e do lixo é importantissimo, se a humanidade não mudar seus valores teremos consequencias desastrosas.
Ah, amei a frase do José Saramago!!!
Beijos!!!
Querida Malu, esse é mesmo um tema que nos instiga à reflexão. Felizmente, consigo enxergar com clareza o que o consumismo representa e, por isso mesmo, me preocupo com os rumos do exagero que o descartável tomou em nosso tempo.
ResponderExcluirAqui em casa, muitas vezes são meus filhos, - que poderiam ter tudo o que quisessem -, que me abrem os olhos quando, entre uma piscada e outra, a visão embaça... Não é a toa que um deles é Vegan por convicção, mostrando uma evolução que ainda não atingi.
Imagina um rapaz de 21 anos que há sete anos se coloca na sociedade atual como um militante da vida, que não consome qualquer produto de origem animal, do couro de jaquetas, carteiras, cintos e calçados tão em voga, à alimentação que vem do sacrifício de um ser que merece estar tão vivo quanto nós...
É bom achar pessoas com um Norte mais evoluído, não é mesmo?