Hoje acordei com saudades da Biodança
Quando estamos certos de que tudo está perfeito vem àquela onda não sei de onde e vira o mundo. E de repente o que se torna urgente é sobreviver.
Ao me abrir para o universo, deixo adormecer as minhas defesas. Abraço causas, amores, projetos, para depois, indubitavelmente, cair em uma profunda exaustão de sentimentos.
Acabo por achar que doei mais do que podia, mais do que o outro/a causa merecia.
Volto para a caverna. Fecho-me em copas para repensar atitudes, chorar as perdas, lamentar as mágoas cultivadas por exigir do outro o mesmo desprendimento a que me propus.
Até que tudo muda e me sinto forte para novamente amar.
É o ciclo da vida, é o nosso ciclo interior. Expandir, interagir, tocar o outro, ser tocado, tocar-se, dizer adeus e seguir sozinho com nossa própria experiência.
Do poder que sentimos quando nos envolvemos apaixonadamente por idéias e pessoas, resta-nos um imenso vazio. Em um instante vamos da sensação de poder infinito a mais profunda impotência.
O poder afoito é efêmero. Mas necessário. É do homem saber se perder e voltar ao eixo, para novamente se perder e se encontrar.
Entrego o meu empoderamento ao meu deus interior para que no meu silêncio possa recobrar minhas forças e novamente oferecer minha existência.