Existe um estado de espírito natalino no clima da cidade onde eu moro. E ele apresenta-se em formato de uma chuva intensa e de uma persistência irritante.
Mas a irritação, diriam os budistas, não está na chuva. Está em minha alma consumidora, travada de sair de casa levando filho à reboque e enfrentando lojas cheias.
Então, resolvi respirar e mudar o jogo. Hoje não vou às compras de Natal. Hoje não vou se quer comprar uma maçã para ser deliciada ao longo da semana. Hoje vou ler mensagens de amigos no meu e-mail. Aquelas que ficam na fila de espera porque e-mail de trabalho é sempre mais urgente, porém não o mais importante.
Hoje vi desenhos na TV com meu filho. E vou fazer bobagens que ele gosta para o almoço.
Com a alma menos agitada dos afazeres que vem de fora, vou tentar mais uma vez aprender a iniciar o tricô. Tricô é bom para acalmar as almas. Tricô e chá de capim-cidreira.
E, sem pressa, vou observar a chuva. O barulho que ela faz ao molhar a clarabóia da minha casa, o peso das gostas nas folhas das árvores do quintal e os respingos nas janelas.
Paulo de Tarso falava que para combater o bom combate, é preciso aprender a observar os sinais. Paulo Coelho resgatou este ensinamento em seus livros. A chuva que passa o Natal em minha cidade é um presente divino soprando em nossos corações: “Aonde você vai com tanta pressa? Aonde você vai?”
Esta talvez seja a pergunta mais difícil para um ser humano responder. Tenho duas gatas e elas, aparentemente não têm estas perguntas existencialistas. Elas apenas vão. E apenas voltam.
Já montei minha árvore e, este ano, colocamos alguns instrumentos musicais próximos a ela. Sentiu vontade de tocar, toque. A música também acalma almas.
Não preciso de muito mais do que a chuva caindo lá fora e um lar quentinho. Há sim, um bom blog para postar alguns pensamentos e amigos que eu possa receber para o jantar.
"um bom blog para postar alguns pensamentos e amigos que eu possa receber para o janta"
ResponderExcluirsim, o teu é um bom blog e me fez ter amigos para o jantar e ter mais alegria no natal
Que coisa boa, meu amigo! Estar entre quem se gosta é o melhor dos melhores momentos que podemos ter.
ResponderExcluirBom te receber o seu carinho. Obrigada.
llindo blog Malu, lindas reflexões. Ontem pude parar e observar a chuva da varanda da escola dando mais vigor às cores das flores, a natureza agradecendo a suave chuva que cai.Bjs. Rose
ResponderExcluir“Aonde você vai com tanta pressa? Aonde você vai?”
ResponderExcluirPensava que me era dirigido
Acabei de chegar e
vou ficar um pouco por aqui
...contigo
Malu,
ResponderExcluirEssa chuva que não para? Sinto até o musgo crescendo em mim....será que é para enfeitar o Natal?
Pelo menos ela serviu para traze-la de novo para perto de nós.
Eu gosto quando aparece....
bjo procê
Malu
ResponderExcluirExcelentes reflexões. sabes amiga sou complicada com o Natal é uma época do ano que não suporto, eu que nasci em Dezembro, mas existem razões muito fortes para não gostar deste mês.
Aqui chove imenso, está um dia triste sem um único sorriso à vista.
Beijo bom domingo
"Se a vida te dá um limão, você pode chupá-lo e fazer cara feia, ou aproveira para preparar uma bela limonada"
ResponderExcluirEssa frase feita caí muito bem para descrever seu post. A vida é feita de escolhas.
Beijocas
*Malu, que DELÍCIA a sua
ResponderExcluircrônica !!! *Ameiiiiiii !!!
(Um dia ainda escreverei assim
bonito como você !!! Risos.)
*Malu, isso é NATAL : descobrir
que o importante é o que está
acontecendo AGORA, o POSSÍVEL
neste momento e o simples ir e
vir das suas gatinhas !!!
*Acredito que esta
CONSCIÊNCIA que em Ti despertou,
já foi o teu Natal deste ano de
2011 !!! :D
*Boa semana,
Menina_Romântica_e_Consumista !!!
*Fiques com Deus.
*Um abraço.
P.S. - *A primeira parte do meu
Natal será amanhã com a vinda da
filha que reside numa cidade do
Estado de Minas Gerais : Itabira,
terra do grande poeta DRUMMOND !!!
*Ah, interessante o nome do teu
ResponderExcluirblog !!! (*Não conheço essa
bebida ! Sei que ela é
alucinógena, perigosa e cara !!!).
*Você já a bebeu ?! Gostou ?!
Olá Edméia ! Absinto é apenas uma licença poética, uma maneira de falar sobre a Fada Verde que existe em cada um de nós. rss
ResponderExcluirBjs,